Aspectos idiossincráticos da transcrição braille para teclados abordados a partir da peça “Gaúcho, O Corta-Jaca de cá e lá”, de Chiquinha Gonzaga
DOI:
https://doi.org/10.46661/ccselap-14299Palavras-chave:
Transcrição braille, musicografia braille, partituras em braille, Sistema Braille, pessoas com deficiência visualResumo
O presente artigo reflete sobre as condições da produção e da distribuição de partituras em braille para músicos cegos e com baixa visão no Brasil, baseando-se nos dados objetivos do censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em 2010 sobre pessoas com deficiência visual no Brasil, bem como na Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, de 2015, sobre materiais acessíveis para tal público. Tais dados conferem à realidade da transcrição braille a necessidade de fomentar a formação de editores e de distribuição de partituras. A escolha de uma composição de Chiquinha Gonzaga para transcrição braille decorreu do fato de que a compositora não apenas foi uma proeminente musicista de sua época, como também exerceu protagonismo feminino e destacou-se por seu pioneirismo em áreas antes dominadas pelo público masculino, abrindo caminho para que gerações seguintes prosseguissem no meio musical com ideais mais igualitários, rompendo padrões classistas no cenário artístico. Tal como a compositora, a área da musicografia braille ainda luta por um lugar igualitário no cenário musical. Por meio de um panorama sobre as problemáticas de transcrição braille de partituras para teclados, este artigo apresenta particularidades deste modo de escrita e leitura musical e razões pelas quais tal serviço exige uma sólida profissionalização.
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Referências
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