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Diversidade étnica e cultural na construção de identidades nacionais e globais: desafios para a cultura da sustentabilidade
Coordenadores
Tetiana Shestakovska, Olena Mykhailovska, Rocío Valderrama-Hernández & Verónica Cobano-Delgado
Data de início: 3 de março de 2025
Data de encerramento: 30 de novembro de 2025
Data de publicação: Março-junho de 2026
Apresentação da monografia
A diversidade étnica e cultural tem sido um fator fundamental na formação das identidades nacionais e globais, influenciando a dinâmica social, política e económica dos diferentes territórios. Num mundo cada vez mais interligado, o reconhecimento e a valorização desta diversidade são essenciais para promover sociedades mais inclusivas e sustentáveis. As sociedades podem construir identidades múltiplas sem perder as suas raízes culturais.
Um dos principais desafios reside no equilíbrio entre a identidade nacional e uma visão global que respeite e promova a pluralidade cultural. Segundo Giddens (1999), a globalização intensificou a interdependência entre culturas, gerando oportunidades de enriquecimento mútuo e riscos de homogeneização. A diversidade étnica e cultural é um elemento fundamental na construção de identidades, tanto a nível nacional como global. A globalização não é apenas um processo económico, mas também um processo cultural que transforma as identidades e as relações sociais” (Appadurai, 1996). Neste sentido, é essencial analisar a forma como as identidades são construídas e negociadas num mundo cada vez mais interligado, e como estas dinâmicas afectam a sustentabilidade social.
Para os povos indígenas, a defesa da sua identidade cultural está diretamente ligada à luta pela sobrevivência dos seus territórios e conhecimentos ancestrais. Neste sentido, ecoa as reflexões de Canclini (1990, 2001) sobre o hibridismo cultural e a necessidade de reconhecer e valorizar a diversidade num mundo globalizado.
Também considera a perspectiva de Ospina (1996, 2004), que enfatiza a importância da identidade cultural na construção de sociedades mais justas e equitativas. Também levamos em conta a voz de Kopenawa (2015, 2018), líder do povo original Yanomami, que defende a defesa da diversidade cultural e a proteção dos territórios ancestrais diante das ameaças da globalização.
Em última análise, a construção de identidades nacionais e globais em uma estrutura de diversidade étnica e cultural apresenta desafios significativos, mas também oferece oportunidades para forjar um mundo mais equitativo e sustentável. Como sugere Appiah (2006), “cosmopolitismo” não significa abandonar as tradições locais, mas aprender a conviver com a diferença. A chave está no compromisso dos governos, das instituições e dos cidadãos em promover o respeito mútuo, a integração e a cooperação, pilares fundamentais para a estabilidade e o bem-estar coletivo.
Esta edição procura abordar os desafios e as oportunidades que surgem no contexto das relações entre a Europa e a América Latina, bem como dentro da Europa, onde a diversidade cultural desempenha um papel crucial na formação de identidades e na busca da cultura para a sustentabilidade.
Perguntas a responder
- Como a diversidade étnica e cultural na América Latina influencia a formação da identidade nacional e global?
- Como a diversidade social pode ser equilibrada com a coesão na era da globalização?
- Qual é o papel da educação na promoção da empatia e da alfabetização intercultural em sociedades multiculturais?
- Como as políticas públicas podem abordar a diversidade étnica e cultural para garantir a participação de todos os grupos na tomada de decisões?
- Como a diversidade étnica e cultural afeta a coesão social e o senso de pertencimento na Europa?
- Como a diversidade étnica e cultural influencia a construção de identidades e a integração na Europa?
Descritores
- Diversidade social: diversidade cultural; pluralidade étnica; multiculturalismo; interseccionalidade; grupos minoritários; representação inclusiva.
- Unidade: coesão social; integração comunitária; identidade coletiva; valores compartilhados; solidariedade; coexistência harmoniosa.
- Transformações globais: Fluxos migratórios; Desigualdade econômica; Urbanização; Digitalização; Globalização.
- Educação: Alfabetização intercultural; Desenvolvimento da empatia; Educação inclusiva; Equidade educacional; Aprendizagem dialógica; Aprendizagem socioemocional.
- Política e governança: elaboração de políticas inclusivas; democracia participativa; estruturas de justiça social; abordagens baseadas em direitos humanos; inovação em políticas públicas; legislação sobre igualdade.
- Desenvolvimento comunitário: iniciativas locais; infraestrutura social; ação colaborativa; empoderamento comunitário; resiliência urbana e rural; capital social.
- Sustentabilidade social: equidade e inclusão; preservação cultural; resiliência social de longo prazo; acessibilidade de recursos; avaliação de impacto social; modelos comunitários sustentáveis.
Instruções de apresentação e propostas
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